quarta-feira, 6 de maio de 2009

Os negros no Brasil

O Brasil, durante muito tempo, tentou esconder de si mesmo o fato de que a cor da pele influi decisivamente na distribuição de direitos e oportunidades entre os seus cidadãos. Sempre foi difundida a idéia de que vivemos numa "democracia racial", negando que a desigualdade entre as populações branca e negra seja componente estrutural da formação social brasileira. A clareza dos números( pesquisa feita pelos alunos da escola onde minha filha estuda),sobre nível de escolaridade, distribuição salarial, acesso à universidade e ocupação no mercado formal de trabalho,entre outros indicadores, mostra uma certeza: ser negro, pardo, índio ou branco no Brasil faz uma grande diferença.
Em 2004, a então ministra Matilde Ribeiro, responsável pela Seppir, publicou um artigo na imprensa onde dizia que 70% dos pobres no Brasil pertencem à etnia negra.Que são pobres porque são negros, porque enfrentam uma monumental hostilidade racial no espaço escolar, defrontando-se com práticas discriminatórias no acesso à relação de emprego, ingressam mais precocemente no mercado de trabalho, são os últimos a serem admitidos e os primeiros a serem demitidos, recebem os menores salários e geralmente são empurrados para as funções mais insalubres.Difícil discordar das colocações dela. Pois sabemos que isso acontece realmente. Não podemos fechar os olhos e fazer de conta que estamos num país sem preconceito.
Por isso o maior desafio a ser enfrentado na tentativa de eliminar qualquer forma de discriminação social que atinge a população afro descendente, está na melhoria de qualidade do ensino. É necessário que a escola valorize a cultura negra, destacando a contribuição dada pelos afro descendentes à construção do Brasil.

Um comentário:

Melissa disse...

Liria,
como tens enfrentado este desafio em sua sala de aula? Consegues trazer exemplos de tua prática pedagógica que sirvam como evidências para esta postagem?
Beijos
Melissa